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quarta-feira, 31 de março de 2021

Ta4 -UNOPAR- Contabilidade Avançada Realização: 29/09/2020 19:05 à 29/09/2020 20:25

 

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS
PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 19 (R2)
Negócios em Conjunto
Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade – IFRS 11 (IASB - BV 2012)
Objetivo
1. O objetivo deste Pronunciamento Técnico é estabelecer princípios para o reporte financeiro por
entidades que tenham interesses em negócios controlados em conjunto (negócios em conjunto).


2. Este Pronunciamento Técnico define controle conjunto e exige que a entidade que seja parte
integrante de negócio em conjunto determine o tipo de negócio em conjunto com o qual está
envolvida por meio da avaliação de seus direitos e obrigações e contabilize esses direitos e
obrigações conforme esse tipo de negócio em conjunto.
Alcance
3. Este Pronunciamento Técnico deve ser aplicado por todas as entidades que sejam partes
integrantes de negócio em conjunto.
Negócio em conjunto
4. Negócio em conjunto é um negócio do qual duas ou mais partes têm o controle conjunto.
5. Negócio em conjunto tem as seguintes características:
(a) As partes integrantes estão vinculadas por acordo contratual (ver itens B2 a B4).
(b) O acordo contratual dá a duas ou mais dessas partes integrantes o controle conjunto do
negócio (ver itens 7 a 13).
6. Negócio em conjunto é uma operação em conjunto ou um empreendimento controlado em
conjunto (joint venture).
Controle conjunto
7. Controle conjunto é o compartilhamento, contratualmente convencionado, do controle de
negócio, que existe somente quando decisões sobre as atividades relevantes exigem o
consentimento unânime das partes que compartilham o controle.
8. A entidade que seja parte integrante de negócio deve avaliar se o acordo contratual dá a todas as
partes integrantes, ou a um grupo de partes integrantes, o controle do negócio coletivamente.
Todas as partes integrantes, ou grupo de partes integrantes, controlam o negócio coletivamente
quando elas agem em conjunto para dirigir as atividades que afetam significativamente os retornos
do negócio (ou seja, as atividades relevantes).
9. Uma vez tendo sido determinado que todas as partes integrantes, ou grupo de partes
integrantes, controlam o negócio coletivamente, o controle conjunto existe somente quando
decisões acerca das atividades relevantes exigem o consentimento unânime das partes integrantes
que controlam o negócio coletivamente.
10. Em negócio em conjunto, nenhuma parte integrante controla individualmente o negócio. A
parte integrante que detém o controle conjunto do negócio pode impedir que qualquer das outras
partes integrantes, ou grupo de partes integrantes, controle o negócio.

11. Um negócio pode ser caracterizado como sendo um negócio em conjunto ainda que nem todas
as suas partes integrantes tenham o controle conjunto do negócio. Este Pronunciamento Técnico
distingue entre partes integrantes que detêm o controle conjunto de negócio em conjunto
(operadores em conjunto ou empreendedores em conjunto) e partes que participam de negócio
em conjunto mas não têm o controle conjunto dele.
12. A entidade deve aplicar julgamento ao avaliar se todas as partes integrantes, ou um grupo de
partes integrantes, têm o controle conjunto de negócio. A entidade deve fazer essa avaliação
considerando todos os fatos e circunstâncias (ver itens B5 a B11).
13. Se os fatos e as circunstâncias se modificarem, a entidade deve reavaliar se ainda tem o
controle conjunto do negócio.
Tipos de negócios em conjunto
14. A entidade deve determinar o tipo de negócio em conjunto com o qual está envolvida. A
classificação de negócio em conjunto como operação em conjunto (
joint operation) ou como
empreendimento controlado em conjunto (joint venture) depende dos direitos e obrigações das
partes integrantes do negócio.
15. Operação em conjunto (
joint operation) é um negócio em conjunto segundo o qual as partes
integrantes que detêm o controle conjunto do negócio têm direitos sobre os ativos e têm
obrigações pelos passivos relacionados ao negócio. Essas partes são denominadas de operadores
em conjunto.
16. Empreendimento controlado em conjunto (joint venture) é um negócio em conjunto segundo o
qual as partes que detêm o controle conjunto do negócio têm direitos sobre os ativos líquidos do
negócio. Essas partes são denominadas de empreendedores em conjunto.
17. A entidade deve aplicar julgamento ao avaliar se um negócio em conjunto é uma operação em
conjunto (joint operation) ou um empreendimento controlado em conjunto (joint venture). A
entidade deve determinar o tipo de negócio em conjunto com o qual está envolvida considerando
os seus direitos e obrigações decorrentes do negócio. A entidade deve avaliar seus direitos e
obrigações considerando a estrutura e a forma legal do negócio, os termos contratuais
convencionados pelas partes integrantes do acordo contratual e, quando relevante, outros fatos e
circunstâncias (ver itens B12 a B33).
18. Algumas vezes, as partes integrantes estão vinculadas por um arcabouço definido em contrato
que estabelece os termos contratuais gerais para a realização de uma ou mais atividades. O
arcabouço contratual pode definir que as partes integrantes estabeleçam negócios em conjunto
diferentes para tratar de atividades específicas que fazem parte do negócio. Embora esses negócios
em conjunto estejam relacionados com o mesmo arcabouço contratual, seu tipo pode ser diferente
se os direitos e obrigações das partes integrantes diferirem quando da realização das diferentes

atividades abordadas no negócio. Consequentemente, operações em conjunto (joint operation) e
empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) podem coexistir quando as partes
realizarem diferentes atividades que fazem parte do mesmo arcabouço contratual.
19. Se os fatos e as circunstâncias se modificarem, a entidade deve reavaliar se o tipo de negócio
em conjunto com o qual está envolvida se modificou.
Demonstrações contábeis de partes integrantes de negócio em conjunto
Operações em conjunto (joint operations)
20. Operador em conjunto deve reconhecer, com relação aos seus interesses em operação em
conjunto (joint operation):
(a) seus ativos, incluindo sua parcela sobre quaisquer ativos detidos em conjunto;
(b) seus passivos, incluindo sua parcela sobre quaisquer passivos assumidos em conjunto;
(c) sua receita de venda da sua parcela sobre a produção advinda da operação em conjunto
(joint operation);
(d) sua parcela sobre a receita de venda da produção da operação em conjunto (joint
operation); e
(e) suas despesas, incluindo sua parcela sobre quaisquer despesas incorridas em conjunto.
21. Operador em conjunto deve contabilizar os ativos, passivos, receitas e despesas relacionados
aos seus interesses em operação em conjunto (joint operation) de acordo com os Pronunciamentos
Técnicos, Interpretações e Orientações do CPC aplicáveis aos ativos, passivos, receitas e despesas
específicos.
21A. Quando a entidade adquire uma participação em operação conjunta em que a atividade da
operação conjunta constitui um negócio, tal como definido no Pronunciamento Técnico CPC 15,
aplicam-se, na extensão de sua participação, de acordo com o item 20, todos os princípios sobre a
contabilização de combinação de negócios do Pronunciamento Técnico CPC 15 e outros
pronunciamentos, que não conflitem com as orientações deste pronunciamento. A entidade deve
divulgar as informações exigidas por aqueles pronunciamentos em relação à combinação de
negócios. Isto se aplica às aquisições de participação inicial e adicionais em operação conjunta em
que a atividade da operação conjunta constitui um negócio. A contabilização da aquisição de
participação nesse tipo de operação conjunta está especificada nos itens B33A a B33D. (Incluído
pela Revisão CPC 08)
22. A contabilização de transações como a venda, subscrição de participação com a integralização
em ativos ou a compra de ativos entre uma entidade e uma operação em conjunto (joint
operation), da qual ela seja um operador em conjunto, é especificada nos itens B34 a B37.
23. A parte integrante de acordo que participe de operação em conjunto (joint operation), mas que
não detenha o controle conjunto dela, deve contabilizar os seus interesses no negócio também em

conformidade com os itens 20 a 22, se essa parte integrante tiver direitos sobre os ativos e tiver
obrigações pelos passivos relacionados à operação em conjunto (joint operation). Se uma parte
integrante que participar de operação em conjunto (joint operation), mas que não detiver o
controle conjunto dela, não tiver direitos sobre os ativos e obrigações pelos passivos relacionados a
essa operação em conjunto (joint operation), deve contabilizar seus interesses na operação em
conjunto (joint operation) de acordo com os Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e
Orientações do CPC aplicáveis a esses interesses.
Empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures)
24. Empreendedor em conjunto deve reconhecer seus interesses em empreendimento controlado
em conjunto (joint venture) como investimento e deve contabilizar esse investimento utilizando o
método da equivalência patrimonial, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 18 -
Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto, a
menos que a entidade esteja isenta da aplicação do método da equivalência patrimonial, conforme
especificado no Pronunciamento e se permitido legalmente.
25. A parte integrante de acordo que participe de empreendimento controlado em conjunto (joint
venture), mas não detenha o controle conjunto dele, deve contabilizar os seus interesses no
negócio em consonância com o Pronunciamento Técnico CPC 38 - Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e Mensuração, a menos que tenha influência significativa sobre o
empreendimento controlado em conjunto (joint venture), hipótese em que a contabilização deverá
observar o que estabelece o Pronunciamento Técnico CPC 18.
Demonstrações separadas
26. Em suas demonstrações separadas, o operador em conjunto ou o empreendedor em conjunto
deve contabilizar seus interesses em:
(a) operação em conjunto (joint operation), de acordo com os itens 20 a 22;
(b) empreendimento controlado em conjunto (joint venture), de acordo com o item 10 do
Pronunciamento Técnico CPC 35 – Demonstrações Separadas.
27. Em suas demonstrações separadas, a parte integrante de acordo, que participe de negócio em
conjunto, mas não detenha o controle conjunto, deve contabilizar seus interesses em:
(a) operação em conjunto (joint operation), de acordo com o item 23;
(b) empreendimento controlado em conjunto (joint venture), de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e
Mensuração, a menos que tenha influência significativa sobre o empreendimento
controlado em conjunto (joint venture), hipótese em que a contabilização deve observar o
item 10 do Pronunciamento Técnico CPC 35 – Demonstrações Separadas.
Demonstrações contábeis individuais
27A. Em suas demonstrações contábeis individuais, somente as entidades com interesses em
operações em conjunto (
joint operation) organizadas sem personalidade jurídica própria devem
aplicar os itens 20 a 22 ou 23 deste Pronunciamento.
Resolva as questões apresentadas a seguir, elas estão compostas pelo tema apresentado nesta
aula, bem como algumas questões de temas apresentados em aulas anteriores.
Em caso de dúvidas peça para seu o tutor presencial envia-las através do nosso chat.
Questões propostas
01. (CFC 2017-1) Em 31.12.2015, a Sociedade Anônima “A" possuía 60% de participação na
Sociedade Anônima “B".
Nessa mesma data, o Patrimônio Líquido da Sociedade Anônima “B" apresentava a seguinte
composição:













Ao final do exercício de 2016, a Sociedade Anônima “B" apresentou Lucro no valor de R$40.000,00.
Para este caso hipotético, considerar que não há dividendo mínimo obrigatório e que todo o lucro
foi destinado para Reservas de Lucro.
Em 2016, não houve alteração no percentual de participação e nem houve registro de Outros
Resultados Abrangentes.
Até 31.12.2016, não foram observados indicativos de perda com redução ao valor recuperável.
Considerando-se apenas as informações apresentadas e o Resultado da Equivalência Patrimonial, e
de acordo com a NBC TG 18 (R2) – INVESTIMENTO EM COLIGADA, EM CONTROLADA E EM
EMPREENDIMENTO CONTROLADO EM CONJUNTO, o saldo contábil, em 31.12.2016, que deve ser apresentado no Balanço Patrimonial individual da Sociedade Anônima “A" na conta Participação em Controladas é de:

a) R$192.000,00.
b) R$216.000,00.
c) R$264.000,00.
d) R$288.000,00.
GABARITO
Alternativa D
Capital Social = 320.000,00
Reserva de Lucro = 120.000,00
Lucro do Período = 40.000,00
Total: 480.000,00 X 60% = 288.000,00

02. De acordo com o CPC 19, o operador deve reconhecer, com relação aos seus interesses em
operação em conjunto (
joint operation) os itens abaixo, EXCETO:
a) seus ativos, incluindo sua parcela sobre quaisquer ativos detidos em conjunto.
b) seus passivos, incluindo sua parcela sobre quaisquer passivos assumidos em conjunto.
c) sua receita de venda da sua parcela sobre a produção advinda da operação em conjunto.
d) sua parcela sobre a receita de venda da produção da operação em conjunto.
e) suas receitas financeiras, incluindo sua parcela sobre quaisquer receitas financeiras incorridas em
conjunto.
GABARITO: Considerando os itens 20 e 21 do CPC 19, a alternativa e é a única que não está
conforme.
CPC 19
20. Operador em conjunto deve reconhecer, com relação aos seus interesses em operação em
conjunto (joint operation):
(a) seus ativos, incluindo sua parcela sobre quaisquer ativos detidos em conjunto;
(b) seus passivos, incluindo sua parcela sobre quaisquer passivos assumidos em conjunto;
(c) sua receita de venda da sua parcela sobre a produção advinda da operação em conjunto
(Joint operation); (d) sua parcela sobre a receita de venda da produção da operação em
conjunto (joint operation); e

(e) suas despesas, incluindo sua parcela sobre quaisquer despesas incorridas em conjunto.
21. Operador em conjunto deve contabilizar os ativos, passivos, receitas e despesas relacionados
aos seus interesses em operação em conjunto (joint operation) de acordo com os Pronunciamentos
Técnicos, Interpretações e Orientações do CPC aplicáveis aos ativos, passivos, receitas e despesas
específicos
.

03. (BNDES – 2007) A Cia. Alfa S/A possui diversas coligadas e controladas em várias regiões do
Brasil. Por ocasião do levantamento do Balanço Patrimonial, os investimentos relevantes em
coligadas e controladas, incluindo
Joint Venture, deverão ser avaliados pelo método da (o):
a) equivalência patrimonial, ou seja, com base no valor do Patrimônio Líquido da coligada ou
controlada proporcionalmente à participação acionária.
b) equivalência harmônica, ou seja, com base na proporção entre o valor do Patrimônio Líquido da
coligada e controlada e o valor da cotação dessas ações nas bolsas de valores.
c) Ebitda, isto é, o valor de mercado das ações deduzido da valorização ainda não realizada em
função da variação dos índices.
d) Valor Econômico Agregado - VEA, considerando-se o a cotação do mercado em comparação com
o valor patrimonial das ações.
e) custo de aquisição deduzido de perdas em decorrência de desvalorização dos índices existentes
nas bolsas de valores.
GABARITO:
CPC 19 Item 24. Empreendedor em conjunto deve reconhecer seus interesses em
empreendimento controlado em conjunto (joint venture) como investimento e deve
contabilizar esse investimento utilizando o método da equivalência patrimonial, de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 18 - Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento
Controlado em Conjunto, a menos que a entidade esteja isenta da aplicação do método da
equivalência patrimonial, conforme especificado no Pronunciamento e se permitido legalmente.


04. (BANPARÁ - Contador (PAC - 2014) O Método da Equivalência Patrimonial (MEP) é adotado pela
atual legislação societária para avaliar e contabilizar as aplicações em participações societárias em
coligadas e controladas. Sobre a aplicação do método é correto afirmar que:
a) A mudança no valor do investimento decorrente de lucro/prejuízo do período na investida deve
ser reconhecida como ajuste de avaliação patrimonial.
b) As distribuições de dividendos recebidas da investida aumentam o valor contábil do
investimento.
c) As mudanças decorrentes de outros resultados abrangentes na investida serão reconhecidas no
resultado do período na investidora.
d) Quando a investida deixar de se qualificar como coligada, controlada ou empreendimento
controlado em conjunto, o uso do método de equivalência patrimonial deve ser descontinuado.
e) Para a aplicação do MEP, as demonstrações contábeis da investidora devem ser modificadas para
apresentar práticas contábeis uniformes, de acordo com as utilizadas pelo investidor.
GABARITO:
Sempre eu houver mudanças na qualificação da empresa a qual figura como investida o método de
avaliação do investimento deve ser ajustado, sendo assim a alternativa “D” é a correta.
d) Quando a investida deixar de se qualificar como coligada, controlada ou empreendimento
controlado em conjunto, o uso do método de equivalência patrimonial deve ser descontinuado.

05. Segundo o CPC 19, a entidade deve determinar o tipo de negócio em conjunto com o qual está
envolvida. A classificação de negócio em conjunto como operação em conjunto ou como
empreendimento controlado em conjunto depende dos direitos e obrigações das partes
integrantes do negócio.
Nesse sentido, analise as afirmações a seguir.
I.
Joint operation é um negócio em conjunto segundo o qual as partes integrantes que detêm o
controle conjunto do negócio têm direitos sobre os ativos e têm obrigações pelos passivos
relacionados ao negócio. Essas partes são denominadas de operadores em conjunto.
II.
Joint venture é um negócio em conjunto segundo o qual as partes que detêm o controle conjunto
do negócio têm direitos sobre os ativos líquidos do negócio. Essas partes são denominadas de
empreendedores em conjunto.
III. Um negócio não pode ser caracterizado como sendo um negócio em conjunto mesmo que todas
as suas partes integrantes tenham o controle conjunto do negócio.
Analisando as afirmações acima, assinale a alternativa correta:
a) Somente a I e a III estão corretas.
b) Somente a II e a III estão corretas.
c) Somente a III estão corretas.
d) Somente a I e II estão corretas.
e) Estão corretas a I, II e III.
GABARITO
11. Um negócio pode ser caracterizado como sendo um negócio em conjunto ainda que nem todas
as suas partes integrantes tenham o controle conjunto do negócio. Este Pronunciamento Técnico
distingue entre partes integrantes que detêm o controle conjunto de negócio em conjunto
(operadores em conjunto ou empreendedores em conjunto) e partes que participam de negócio
em conjunto mas não têm o controle conjunto dele.
15. Operação em conjunto (
joint operation) é um negócio em conjunto segundo o qual as partes
integrantes que detêm o controle conjunto do negócio têm direitos sobre os ativos e têm
obrigações pelos passivos relacionados ao negócio. Essas partes são denominadas de operadores
em conjunto.
16. Empreendimento controlado em conjunto (joint venture) é um negócio em conjunto segundo o
qual as partes que detêm o controle conjunto do negócio têm direitos sobre os ativos líquidos do
negócio. Essas partes são denominadas de empreendedores em conjunto.



Ta3 -UNOPAR- Contabilidade Avançada Realização: 22/09/2020 19:05 à 22/09/2020 20:25

 

Avaliação de Investimentos
1) A Cia. Investidora adquiriu por $ 72.000, em 31-12-X1, 60% das ações da Cia. Investida,
cujo patrimônio líquido nessa data era de $ 120.000. Em 31-12-X2, a Cia. Investida
apurou um lucro líquido de $ 15.000, do qual a administração propõe a distribuição de
$ 5.000 de dividendos. Assumindo que o investimento seja relevante, efetue na Cia.
Investidora a contabilização de compra, da avaliação do investimento e dos dividendos
pelo método da equivalência patrimonial.
RESOLUÇÃO







2) A Cia. A, em 31-12-X1, possui participação (relevante) de 80% na Cia. B, registrada por
$ 200.000. No exercício encerrado em 31-12-X2, a Cia. B apurou um prejuízo líquido de
$ 40.000. Efetue, na Cia. A, o lançamento da avaliação do investimento na Cia. B pelo
método da equivalência patrimonial.


















3) A companhia Beta S.A possui investimento de 10% na empresa Delta Ltda, avaliado pelo
método de custo. Em 31.12.X1 a empresa Delta Ltda distribuiu dividendos no valor de
R$ 10.000,00. Efetue o lançamento dessa operação.



















Ta2 -UNOPAR- Contabilidade Avançada Realização: 15/09/2020 19:05 à 15/09/2020 20:25

 

Caso Prático – Cisão Parcial
Sobre Cisão, conforme a Lei 6.404/76 em seu artigo 229 temos que.
Art. 229. A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas
do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou
já existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo o
seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a versão.

§ 1º Sem prejuízo do disposto no artigo 233, a sociedade que absorver
parcela do patrimônio da companhia cindida sucede a esta nos direitos e
obrigações relacionados no ato da cisão; no caso de cisão com extinção, as
sociedades que absorverem parcelas do patrimônio da companhia cindida
sucederão a esta, na proporção dos patrimônios líquidos transferidos, nos
direitos e obrigações não relacionados.
§ 2º Na cisão com versão de parcela do patrimônio em sociedade nova, a
operação será deliberada pela assembléia-geral da companhia à vista de
justificação que incluirá as informações de que tratam os números do artigo
224; a assembléia, se a aprovar, nomeará os peritos que avaliarão a parcela do
patrimônio a ser transferida, e funcionará como assembléia de constituição da
nova companhia.
§ 3º A cisão com versão de parcela de patrimônio em sociedade já
existente obedecerá às disposições sobre incorporação (artigo 227).
§ 4º Efetivada a cisão com extinção da companhia cindida, caberá aos
administradores das sociedades que tiverem absorvido parcelas do seu
patrimônio promover o arquivamento e publicação dos atos da operação; na
cisão com versão parcial do patrimônio, esse dever caberá aos
administradores da companhia cindida e da que absorver parcela do seu
patrimônio.
§ 5º As ações integralizadas com parcelas de patrimônio da companhia
cindida serão atribuídas a seus titulares, em substituição às extintas, na
proporção das que possuíam; a atribuição em proporção diferente requer
aprovação de todos os titulares, inclusive das ações sem direito a voto.
(Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
Considerando o trecho da Lei 6.404/76, que legisla e conceitua sobre Cisão, análise a
atividade proposta a seguir.
Admitamos que os sócios da Indústria JRB Ltda. tenham decidido promover a cisão
parcial da referida empresa. Para tanto, será constituída uma nova sociedade por quotas de
responsabilidade limitada, denominada Indústria AGS Ltda., para a qual será transferido
40% do patrimônio da empresa cindida. Os sócios da empresa cindida e os da nova empresa
resultante da cisão procederam ao devido arquivamento na Junta Comercial, dos atos
relativos a operação.

Considerando-se dessa forma, a cisão como concretizada, pede-se:
1) Efetuar os registros contábeis da operação, com base no Balanço Patrimonial abaixo.
2) Elaborar os Balanços Patrimoniais das empresas JRB Ltda. e AGS Ltda. após a cisão.

































2) Lançamentos:
a) Registro da transferência dos bens, direitos e obrigações e patrimônio líquido da
empresa JRB Ltda., resultantes da cisão:
Baixa dos Ativos




































































Ta1 - UNOPAR- Contabilidade Avançada Realização: 08/09/2020 19:05 à 08/09/2020 20:25

 

Como uma fusão ou aquisição pode mudar a sua vida?
Na cabeça de muitos profissionais, o anúncio de uma fusão ou aquisição costuma dar vazão
a elucubrações dignas de filme de terror. O pesadelo começa assim: ao chegar ao escritório na
segunda-feira, você nota que o nome e o logo da empresa mudaram. Ao longo do dia, você
descobre que há um novo chefe, os antigos benefícios foram extintos e dezenas de colegas foram
demitidos. Será que o próximo a ir para a rua não é você?
De acordo com André Rapoport, diretor geral da Right Management no Brasil, essas ideias
assombram muitos processos de fusão ou aquisição, sobretudo os menos transparentes. O único
remédio contra o mal-estar, diz ele, é tentar descobrir o maior número possível de informações
sobre o negócio - sobretudo qual é o objetivo por trás dele.
A finalidade é a sinergia entre as empresas? Ou é apenas uma forma de aproveitar uma
marca para fortalecer a outra? "Isso é o que permite dizer o que vai acontecer com os profissionais
de ambos os lados”, diz Rapoport. Se o propósito do negócio for ganhar eficiência - aproveitando
áreas, equipamentos e, claro, profissionais em comum - é provável que haja enxugamentos e
demissões. No entanto, se não houver sobreposição de atividades e os portfólios das empresas
forem complementares, é provável que o impacto seja menor.
De uma forma ou de outra, as mudanças serão substanciais mesmo para quem permanecer
empregado. “Em geral a empresa compradora impõe sua cultura, que pode ser mais austera, com
menos benefícios e uma política salarial mais dura, por exemplo”, afirma Rapoport. Para quem fica,
o enxugamento das estruturas e a busca por eficiência também trazem um impacto grande para a
rotina: o aumento na carga de trabalho.
E se der certo?
Segundo o especialista, os dois primeiros anos após uma fusão ou aquisição costumam ser
os mais turbulentos. O nível de tensão chega ao pico nesse período, mas tende a diminuir
gradativamente. “Existe um tempo de acomodação, que precisa ser respeitado”, explica ele. “É

bobagem se assustar e se precipitar, pedindo demissão”. Isso porque, se bem conduzido, o negócio
pode gerar resultados positivos para todas as partes envolvidas.
A recém-anunciada fusão da Heinz com a Kraft Foods, por exemplo, criará uma gigante de
alimentos. Combinadas, as duas marcas serão a 5ª maior empresa do segmento no mundo, com
faturamento anual de aproximadamente 28 bilhões de dólares. Se o seu empregador se tornar
maior e mais competitivo no mercado, os ganhos para a sua carreira podem ser imensos, diz o
diretor da Right Management.
Em longo prazo, podem acontecer movimentações internas, abertura de novos postos e,
caso a outra empresa seja uma multinacional, até mesmo oportunidades internacionais. Sejam as
novidades boas ou más, o ideal é estar aberto a elas. “Quanto antes você aceitar a mudança,
melhor, porque ela certamente virá”, diz Rapoport.
(GASPARINI, Claudia. Como uma fusão ou aquisição pode mudar sua vida? Revista Exame, 17 de
abril de 2015. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/como-uma-fusao-ouaquisicao-pode-mudar-a-sua-vida>)
Com base no texto acima, responda às seguintes questões:
Desenvolver a leitura do texto proposto e após a leitura e reflexão, responda discuta sobre as
questões abaixo.
1) O que leva as empresas a passarem por combinações de negócios?
Os principais motivos que levam as empresas a passarem por combinações de negócios são as
sinergias, que representam os ganhos e benefícios decorrentes da união empresarial, sejam elas
operacionais ou financeiras. O aumento de receitas, redução de custos e despesas, benefícios
fiscais e redução do custo de capital são citadas como as principais fontes de sinergias entre
empresas.

2) Essas operações podem trazer impactos também aos consumidores? Explique.
Os atos de concentração econômica e a formação de oligopólios podem colocar em risco a livre
concorrência e assim impactar diretamente na oferta e preços dos produtos, afetando os
consumidores de maneira geral.
3) Essas operações podem causar algum impacto nas informações contábeis? De que forma?
Em um primeiro momento as informações contábeis são utilizadas para análise da “saúde”
financeira da empresa e decisão de investimento (por aquisição) ou de concentração de atividades.
Quando a operação de combinação de negócios é efetivada, envolverá tratamento contábil de
extrema complexidade, principalmente após a convergência às normas internacionais.
4) Cite empresas que passaram por fusão, incorporação ou cisão.
Ao longo da história grandes empresas passaram por processos de combinação de negócios, alguns
exemplos: A aquisição da Kolynos pela americana Colgate; a fusão da Brahma e Antarctica,
resultando na Ambev; a aquisição da Garoto pela empresa Nestlé, entre outros.


terça-feira, 30 de março de 2021

Ta4 - Ciê Con -unopar- Contabilidade Avançada Realização: 24/08/2018 19:05 à 24/08/2018 20:25

 

ARTIGO
A Importância do Fluxo de Caixa nas Empresas
Introdução
Com o avanço tecnológico e com as oscilações da economia, as empresas em
todos os segmentos passam por um momento de dificuldades e incertezas, e a
estabilidade financeira depende de um alto grau, de uma boa gestão financeira. O fluxo
de caixa é uma ferramenta na gestão financeira capaz de identificar a necessidade da
empresa em gerar receitas suficientes para honrar seus compromissos e
responsabilidades em um determinado tempo, é possível também visualizar o futuro da
empresa por meio de previsões que esta depende da seriedade dos dados informados,
não podemos esquecer que por se tratar de previsões essas informações podem variar.
Dentro deste contexto, as empresas passam a buscar um eficiente controle
administrativo, onde o administrador precisa utilizar-se de todas as ferramentas
possíveis para a execução dos objetivos da entidade. Assim, surge uma ferramenta que
se torna cada vez mais solicitada no meio empresarial, o Fluxo de Caixa, que possibilita
à empresa uma visão ampla de suas finanças a fim de analisar os fatos ocorridos para
a tomada de decisões, bem como proporciona à entidade a possibilidade de projetar
suas finanças para o futuro, proporcionando ao administrador a capacidade de realizar
a execução de aplicações ou captações de recursos com a maior vantagem possível.
Apresenta-se desta forma, o Fluxo de Caixa, como uma opção interessante às
empresas de pequeno ou grande porte, já que, devido ao competitivo mercado em que
as mesmas estão inseridas, qualquer possibilidade de angariar vantagens pode ser
decisiva na execução de sua atividade e na manutenção neste competitivo mercado.
FLUXO DE CAIXA
O fluxo de Caixa constitui o movimento de entradas e saídas de caixa, bem como
as variações no saldo dessa conta. Podemos dizer que a ferramenta fluxo de caixa é
um instrumento utilizado com o objetivo de apurar os somatórios de ingressos e
desembolsos financeiros da empresa em determinado momento. (ZDANOWICZ, 2004).
Segundo Groppelli (2009) o fluxo de caixa deve focalizar os recebimentos e pagamentos

ocorridos. Os recebimentos são determinados pelos padrões de crédito da companhia,
se esses padrões forem rigorosos, muito pouco clientes estarão qualificados ao crédito,
as vendas irão declinar e, como resultado, as contas a receber diminuirão.
Para contas a pagar os gestores tem por base não pagar nenhuma conta antes
do vencimento, a não ser que traga algum tipo de benefício para a empresa, um exemplo
é o desconto na própria duplicata, quem faz uma compra bem feita, consegue vender
por um preço melhor e assim conquista o mercado. Para Groppelli (2009) contas a pagar
podem ser vistas como empréstimos sem juros dos fornecedores.
A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA E SUA ABRANGÊNCIA
O fluxo de caixa é uma ótima ferramenta para auxiliar o administrador de
determinada empresa nas tomadas de decisões. É através deste "mapa" que os custos
fixos e variáveis ficam evidentes, permitindo-se desta forma um controle efetivo sobre
determinadas questões empresariais. Segundo Marion (2008, página 115) "sem o fluxo
de caixa fica quase impossível projetar e planejar-se financeiramente. Sem orçamento
(planejamento financeiro) é impossível ter uma administração sadia".
Marion (2008) salienta que o fluxo de caixa não deve ser enfocado como uma
preocupação exclusiva da área financeira, mais efetivamente deve haver
comprometimento de todos os setores empresariais destacando: A área de produção,
ao promover alterações nos prazos de fabricação dos produtos, determina novas
alterações nas necessidades de caixa. De forma idêntica, os custos de produção têm
importantes reflexos sobre o caixa; As decisões de compras devem ser tomadas de
maneira ajustada com a existência de saldos disponíveis de caixa, em outras palavras,
deve haver preocupação com relação à sincronização dos fluxos de caixa, avaliando-se
os prazos concedidos para pagamento das compras com aqueles estabelecidos para
recebimento das vendas. Políticas de cobrança mais ágeis e eficientes, ao permitirem
colocar recursos financeiros mais rapidamente à disposição da empresa, constituem-se
em importante reforço de caixa. A área de vendas, junto com a meta de crescimento da
atividade comercial, deve manter um controle mais próximo sobre os prazos concedidos
e hábitos de pagamentos dos clientes, de maneira a não pressionar negativamente o
fluxo de caixa. Em outras palavras, é recomendado que toda decisão envolvendo
vendas deve ser tomada somente após uma prévia avaliação de suas implicações sobre
os resultados de caixa (exemplos: prazo de cobrança, despesas com publicidade e
propaganda, etc.); A área financeira deve avaliar criteriosamente o perfil de seu
endividamento, de forma que os desembolsos necessários ocorram concomitantemente
à geração de caixa da empresa.
De maneira ampla, o fluxo de caixa é um processo pelo qual uma empresa gera
e aplica seus recursos de caixa determinados pelas várias atividades desenvolvidas.
Neste enfoque, ainda o fluxo de caixa focaliza a empresa como um todo, tratando das
mais diversas entradas e saídas (movimentações financeiras) de caixa refletida por seus
negócios.
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Marcelo. Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras: 1.Edição.
São Paulo: Alínea, 2008.
GROPPELLI, A.A. Administração Financeira: 1.Edição. São Paulo: Saraiva, 2009.
MARION, José Carlos. Contabilidade Básica : 8ª Edição São Paulo: Atlas. 2008
ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de Caixa: uma decisão de planejamento e controle
financeiros. 5ª ed. Porto Alegre: Sagra - DC Luzzatto, 1995.
(Artigo Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/economia-efinancas/a-importancia-do-fluxo-de-caixa-nas-empresas/58595/>)

Ta3 - Ciê Con -unopar- Contabilidade Avançada Realização: 17/08/2018 19:05 à 17/08/2018 20:25

 

Avaliação de Investimentos
1) A Cia. Investidora adquiriu por $ 72.000, em 31-12-X1, 60% das ações da Cia.
Investida, cujo patrimônio líquido nessa data era de $ 120.000. Em 31-12-X2, a
Cia. Investida apurou um lucro líquido de $ 15.000, do qual a administração
propõe a distribuição de $ 5.000 de dividendos. Assumindo que o investimento
seja relevante, efetue na Cia. Investidora a contabilização de compra, da avaliação
do investimento e dos dividendos pelo método da equivalência patrimonial.
RESOLUÇÃO

















2) A Cia. A, em 31-12-X1, possui participação (relevante) de 80% na Cia. B, registrada
por $ 200.000. No exercício encerrado em 31-12-X2, a Cia. B apurou um prejuízo
líquido de $ 40.000. Efetue, na Cia. A, o lançamento da avaliação do investimento
na Cia. B pelo método da equivalência patrimonial.






















3) A companhia Beta S.A possui investimento de 10% na empresa Delta Ltda,
avaliado pelo método de custo. Em 31.12.X1 a empresa Delta Ltda distribuiu
dividendos no valor de R$ 10.000,00. Efetue o lançamento dessa operação.












Ta2 - Ciê Con -unopar- Contabilidade Avançada Realização: 10/08/2018 19:05 à 10/08/2018 20:25

 

Caso Prático – Cisão Parcial
Admitamos que os sócios da Indústria JRB Ltda. tenham decidido promover a
cisão parcial da referida empresa. Para tanto, será constituída uma nova sociedade por
quotas de responsabilidade limitada, denominada Indústria AGS Ltda., para a qual
será transferido 40% do patrimônio da empresa cindida. Os sócios da empresa cindida
e os da nova empresa resultante da cisão procederam ao devido arquivamento na
Junta Comercial, dos atos relativos a operação.
Considerando-se dessa forma, a cisão como concretizada, pede-se:
a) Efetuar os registros contábeis da operação, com base no Balanço Patrimonial
abaixo.
b) Elaborar os Balanços Patrimoniais das empresas JRB Ltda. e AGS Ltda. após
a cisão.



























Ta1 - Ciê Con -Unopar - Contabilidade Avançada Realização: 03/08/2018 19:05 à 03/08/2018 20:25

 

Como uma fusão ou aquisição pode mudar a
sua vida?


Na cabeça de muitos profissionais, o anúncio de uma fusão ou
aquisição
costuma dar vazão a elucubrações dignas de filme de terror. O
pesadelo começa assim: ao chegar ao escritório na segunda-feira, você nota
que o nome e o logo da empresa mudaram. Ao longo do dia, você descobre
que há um novo chefe, os antigos benefícios foram extintos e dezenas de
colegas foram
demitidos. Será que o próximo a ir para a rua não é você?
De acordo com André Rapoport, diretor geral da Right Management no
Brasil, essas ideias assombram muitos processos de fusão ou aquisição,
sobretudo os menos transparentes. O único remédio contra o mal-estar, diz
ele, é tentar descobrir o maior número possível de informações sobre o
negócio - sobretudo qual é o objetivo por trás dele.
A finalidade é a sinergia entre as empresas? Ou é apenas uma forma de
aproveitar uma marca para fortalecer a outra? "Isso é o que permite dizer o
que vai acontecer com os profissionais de ambos os lados”, diz Rapoport. Se o
propósito do negócio for ganhar eficiência - aproveitando áreas,
equipamentos e, claro, profissionais em comum - é provável que haja
enxugamentos e demissões. No entanto, se não houver sobreposição de
atividades e os portfólios das empresas forem complementares, é provável
que o impacto seja menor.
De uma forma ou de outra, as mudanças serão substanciais mesmo
para quem permanecer empregado. “Em geral a empresa compradora impõe
sua cultura, que pode ser mais austera, com menos
benefícios e uma política
salarial mais dura, por exemplo”, afirma Rapoport. Para quem fica, o
enxugamento das estruturas e a busca por eficiência também trazem um
impacto grande para a rotina: o aumento na carga de trabalho.
E se der certo?
Segundo o especialista, os dois primeiros anos após uma fusão ou
aquisição costumam ser os mais turbulentos. O nível de tensão chega ao pico
nesse período, mas tende a diminuir gradativamente. “Existe um tempo de
acomodação, que precisa ser respeitado”, explica ele. “É bobagem se assustar
e se precipitar, pedindo demissão”. Isso porque, se bem conduzido, o negócio
pode gerar resultados positivos para todas as partes envolvidas.
A recém-anunciada fusão da Heinz com a Kraft Foods, por exemplo,
criará uma gigante de alimentos. Combinadas, as duas marcas serão a 5ª
maior empresa do segmento no mundo, com faturamento anual de
aproximadamente 28 bilhões de dólares. Se o seu empregador se tornar
maior e mais competitivo no mercado, os ganhos para a sua carreira podem
ser imensos, diz o diretor da Right Management.
Em longo prazo, podem acontecer movimentações internas, abertura
de novos postos e, caso a outra empresa seja uma multinacional, até mesmo
oportunidades internacionais. Sejam as novidades boas ou más, o ideal é estar
aberto a elas. “Quanto antes você aceitar a mudança, melhor, porque ela
certamente virá”, diz Rapoport.


Com base no texto acima, responda às seguintes questões:
Atividade:
1) Desenvolver a leitura do texto proposto e após a leitura e reflexão, responda discuta
sobre as questões abaixo.
2) Na sua opinião, o que leva as empresas a passarem por combinações de negócios?
Os principais motivos que levam as empresas a passarem por combinações de
negócios são as sinergias, que representam os ganhos e benefícios decorrentes
da união empresarial, sejam elas operacionais ou financeiras. O aumento de
receitas, redução de custos e despesas, benefícios fiscais e redução do custo de
capital são citadas como as principais fontes de sinergias entre empresas.
3) Você acredita que essas operações podem trazer impactos também aos
consumidores? Explique.
Os atos de concentração econômica e a formação de oligopólios podem colocar
em risco a livre concorrência e assim impactar diretamente na oferta e preços
dos produtos, afetando os consumidores de maneira geral.
4) Essas operações podem causar algum impacto nas informações contábeis? De que
forma?
Em um primeiro momento as informações contábeis são utilizadas para análise
da “saúde” financeira da empresa e decisão de investimento (por aquisição) ou
de concentração de atividades. Quando a operação de combinação de negócios
é efetivada, envolverá tratamento contábil de extrema complexidade,
principalmente após a convergência às normas internacionais.
5) Cite empresas que passaram por fusão, incorporação ou cisão.
Ao longo da história grandes empresas passaram por processos de combinação
de negócios, alguns exemplos: A aquisição da Kolynos pela americana Colgate;
a fusão da Brahma e Antarctica, resultando na Ambev; a aquisição da Garoto
pela empresa Nestlé, entre outros.