Como uma fusão ou aquisição pode mudar a
sua vida?
Na cabeça de muitos profissionais, o anúncio de uma fusão ou
aquisição costuma dar vazão a elucubrações dignas de filme de terror. O
pesadelo começa assim: ao chegar ao escritório na segunda-feira, você nota
que o nome e o logo da empresa mudaram. Ao longo do dia, você descobre
que há um novo chefe, os antigos benefícios foram extintos e dezenas de
colegas foram demitidos. Será que o próximo a ir para a rua não é você?
De acordo com André Rapoport, diretor geral da Right Management no
Brasil, essas ideias assombram muitos processos de fusão ou aquisição,
sobretudo os menos transparentes. O único remédio contra o mal-estar, diz
ele, é tentar descobrir o maior número possível de informações sobre o
negócio - sobretudo qual é o objetivo por trás dele.
A finalidade é a sinergia entre as empresas? Ou é apenas uma forma de
aproveitar uma marca para fortalecer a outra? "Isso é o que permite dizer o
que vai acontecer com os profissionais de ambos os lados”, diz Rapoport. Se o
propósito do negócio for ganhar eficiência - aproveitando áreas,
equipamentos e, claro, profissionais em comum - é provável que haja
enxugamentos e demissões. No entanto, se não houver sobreposição de
atividades e os portfólios das empresas forem complementares, é provável
que o impacto seja menor.
De uma forma ou de outra, as mudanças serão substanciais mesmo
para quem permanecer empregado. “Em geral a empresa compradora impõe
sua cultura, que pode ser mais austera, com menos benefícios e uma política
salarial mais dura, por exemplo”, afirma Rapoport. Para quem fica, o
enxugamento das estruturas e a busca por eficiência também trazem um
impacto grande para a rotina: o aumento na carga de trabalho.
E se der certo?
Segundo o especialista, os dois primeiros anos após uma fusão ou
aquisição costumam ser os mais turbulentos. O nível de tensão chega ao pico
nesse período, mas tende a diminuir gradativamente. “Existe um tempo de
acomodação, que precisa ser respeitado”, explica ele. “É bobagem se assustar
e se precipitar, pedindo demissão”. Isso porque, se bem conduzido, o negócio
pode gerar resultados positivos para todas as partes envolvidas.
A recém-anunciada fusão da Heinz com a Kraft Foods, por exemplo,
criará uma gigante de alimentos. Combinadas, as duas marcas serão a 5ª
maior empresa do segmento no mundo, com faturamento anual de
aproximadamente 28 bilhões de dólares. Se o seu empregador se tornar
maior e mais competitivo no mercado, os ganhos para a sua carreira podem
ser imensos, diz o diretor da Right Management.
Em longo prazo, podem acontecer movimentações internas, abertura
de novos postos e, caso a outra empresa seja uma multinacional, até mesmo
oportunidades internacionais. Sejam as novidades boas ou más, o ideal é estar
aberto a elas. “Quanto antes você aceitar a mudança, melhor, porque ela
certamente virá”, diz Rapoport.
aquisição costuma dar vazão a elucubrações dignas de filme de terror. O
pesadelo começa assim: ao chegar ao escritório na segunda-feira, você nota
que o nome e o logo da empresa mudaram. Ao longo do dia, você descobre
que há um novo chefe, os antigos benefícios foram extintos e dezenas de
colegas foram demitidos. Será que o próximo a ir para a rua não é você?
De acordo com André Rapoport, diretor geral da Right Management no
Brasil, essas ideias assombram muitos processos de fusão ou aquisição,
sobretudo os menos transparentes. O único remédio contra o mal-estar, diz
ele, é tentar descobrir o maior número possível de informações sobre o
negócio - sobretudo qual é o objetivo por trás dele.
A finalidade é a sinergia entre as empresas? Ou é apenas uma forma de
aproveitar uma marca para fortalecer a outra? "Isso é o que permite dizer o
que vai acontecer com os profissionais de ambos os lados”, diz Rapoport. Se o
propósito do negócio for ganhar eficiência - aproveitando áreas,
equipamentos e, claro, profissionais em comum - é provável que haja
enxugamentos e demissões. No entanto, se não houver sobreposição de
atividades e os portfólios das empresas forem complementares, é provável
que o impacto seja menor.
De uma forma ou de outra, as mudanças serão substanciais mesmo
para quem permanecer empregado. “Em geral a empresa compradora impõe
sua cultura, que pode ser mais austera, com menos benefícios e uma política
salarial mais dura, por exemplo”, afirma Rapoport. Para quem fica, o
enxugamento das estruturas e a busca por eficiência também trazem um
impacto grande para a rotina: o aumento na carga de trabalho.
E se der certo?
Segundo o especialista, os dois primeiros anos após uma fusão ou
aquisição costumam ser os mais turbulentos. O nível de tensão chega ao pico
nesse período, mas tende a diminuir gradativamente. “Existe um tempo de
acomodação, que precisa ser respeitado”, explica ele. “É bobagem se assustar
e se precipitar, pedindo demissão”. Isso porque, se bem conduzido, o negócio
pode gerar resultados positivos para todas as partes envolvidas.
A recém-anunciada fusão da Heinz com a Kraft Foods, por exemplo,
criará uma gigante de alimentos. Combinadas, as duas marcas serão a 5ª
maior empresa do segmento no mundo, com faturamento anual de
aproximadamente 28 bilhões de dólares. Se o seu empregador se tornar
maior e mais competitivo no mercado, os ganhos para a sua carreira podem
ser imensos, diz o diretor da Right Management.
Em longo prazo, podem acontecer movimentações internas, abertura
de novos postos e, caso a outra empresa seja uma multinacional, até mesmo
oportunidades internacionais. Sejam as novidades boas ou más, o ideal é estar
aberto a elas. “Quanto antes você aceitar a mudança, melhor, porque ela
certamente virá”, diz Rapoport.
Com base no texto acima, responda às seguintes questões:
Atividade:
1) Desenvolver a leitura do texto proposto e após a leitura e reflexão, responda discuta
sobre as questões abaixo.
2) Na sua opinião, o que leva as empresas a passarem por combinações de negócios?
Os principais motivos que levam as empresas a passarem por combinações de
negócios são as sinergias, que representam os ganhos e benefícios decorrentes
da união empresarial, sejam elas operacionais ou financeiras. O aumento de
receitas, redução de custos e despesas, benefícios fiscais e redução do custo de
capital são citadas como as principais fontes de sinergias entre empresas.
3) Você acredita que essas operações podem trazer impactos também aos
consumidores? Explique.
Os atos de concentração econômica e a formação de oligopólios podem colocar
em risco a livre concorrência e assim impactar diretamente na oferta e preços
dos produtos, afetando os consumidores de maneira geral.
4) Essas operações podem causar algum impacto nas informações contábeis? De que
forma?
Em um primeiro momento as informações contábeis são utilizadas para análise
da “saúde” financeira da empresa e decisão de investimento (por aquisição) ou
de concentração de atividades. Quando a operação de combinação de negócios
é efetivada, envolverá tratamento contábil de extrema complexidade,
principalmente após a convergência às normas internacionais.
5) Cite empresas que passaram por fusão, incorporação ou cisão.
Ao longo da história grandes empresas passaram por processos de combinação
de negócios, alguns exemplos: A aquisição da Kolynos pela americana Colgate;
a fusão da Brahma e Antarctica, resultando na Ambev; a aquisição da Garoto
pela empresa Nestlé, entre outros.
Atividade:
1) Desenvolver a leitura do texto proposto e após a leitura e reflexão, responda discuta
sobre as questões abaixo.
2) Na sua opinião, o que leva as empresas a passarem por combinações de negócios?
Os principais motivos que levam as empresas a passarem por combinações de
negócios são as sinergias, que representam os ganhos e benefícios decorrentes
da união empresarial, sejam elas operacionais ou financeiras. O aumento de
receitas, redução de custos e despesas, benefícios fiscais e redução do custo de
capital são citadas como as principais fontes de sinergias entre empresas.
3) Você acredita que essas operações podem trazer impactos também aos
consumidores? Explique.
Os atos de concentração econômica e a formação de oligopólios podem colocar
em risco a livre concorrência e assim impactar diretamente na oferta e preços
dos produtos, afetando os consumidores de maneira geral.
4) Essas operações podem causar algum impacto nas informações contábeis? De que
forma?
Em um primeiro momento as informações contábeis são utilizadas para análise
da “saúde” financeira da empresa e decisão de investimento (por aquisição) ou
de concentração de atividades. Quando a operação de combinação de negócios
é efetivada, envolverá tratamento contábil de extrema complexidade,
principalmente após a convergência às normas internacionais.
5) Cite empresas que passaram por fusão, incorporação ou cisão.
Ao longo da história grandes empresas passaram por processos de combinação
de negócios, alguns exemplos: A aquisição da Kolynos pela americana Colgate;
a fusão da Brahma e Antarctica, resultando na Ambev; a aquisição da Garoto
pela empresa Nestlé, entre outros.
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