domingo, 28 de março de 2021

Ta1 - unopar - Gestão de Pessoas Realização: 10/03/2021 19:05 à 10/03/2021 20:25

 Leia o texto a seguir e responda as questões propostas para reflexão: Dante Gallian, professor e diretor do Centro de História e Filosofia das Ciências da Saúde da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), coordena o Grupo de Pesquisa Humanidades, Narrativas e Humanização em Saúde e o Laboratório de Leitura (LabLei), projeto que recebeu o prêmio Viva Leitura, concedido pelo Ministério da Cultura e pela Organização dos Estados Ibero-Americanos, Gallian, trata do que denomina de Responsabilidade Humanística das empresas nesta entrevista. A seguir algumas ideias de Dante Gallian sobre a Responsabilidade Humanística das empresas. Sobre um mundo desumanizado

O caso mais significativo disso é a Inteligência Artificial, quando passamos a pensar que devemos ser como as coisas que criamos. É nesse sentido que observo a transformação do ser humano em máquina – e, mais grave ainda, tornando-se apêndice da máquina. Quando as pautas, as dinâmicas e a sistemática da vida estão definidas por aquilo que está na internet, no smartphone ou nas redes sociais, podemos dizer que nos tornamos apêndices da tecnologia. E é nesse sentido que a gente se desumaniza. • E isso tem muito a ver com esse ambiente desumanizador e patológico que o ambiente corporativo vive nos dias atuais. Além de produzir riqueza e lucratividade, a empresa, muitas vezes, produz doenças. Ela aparece como uma grande produtora de desumanização. E isso é uma coisa paradoxal, que conta contra ela própria. Por isso eu creio que, embora o conceito de Responsabilidade Humanística esteja surgindo agora, a partir das nossas pesquisas e iniciativas, ele sem dúvida veio para ficar. Sobre a Responsabilidade Humanística nas empresas • Acho que este é o grande desafio das empresas no futuro – ou seja, companhias tornando-se humanisticamente responsáveis e assumindo a importância e a necessidade de cuidar da alma dos seus colaboradores, para que eles consigam produzir diferencial e transformem o ambiente corporativo num ambiente mais saudável e produtivo. • Acredito que as empresas que vão sobreviver e desempenhar um papel importante e duradouro no futuro serão aquelas que apostarem na humanização. (...). Essas empresas terão papel pioneiro e darão o tom para o desenvolvimento corporativo no futuro. Na minha opinião, hoje, as corporações estão muito focadas na perspectiva do desenvolvimento digital e tecnológico, pensando o futuro com Inteligência Artificial e robôs. Mas e o fator humano? De que vai adiantar essa revolução tecnológica, do ponto de vista de operação, se o fator humano não estiver presente? E, aqui, falo sobre sensibilidade, inovação e criatividade, por exemplo. Para termos isso, é preciso cultivar o aspecto humano. E, para cultivá-

lo, as empresas terão de ser espaços de desenvolvimento do humano de maneira cada vez mais ampla e aprofundada. Sobre os papéis da área de recursos humanos e das lideranças • O primeiro papel é perceberem que só se pode pensar em lucratividade e produtividade a partir do fomento da dimensão humana e do investimento no humano. O líder de RH do futuro deverá ser um perito em Humanidade, terá de ir além do escopo ou do território de formação definido hoje, terá de estar antenado e focado em aspectos humanísticos que envolvam a filosofia, a antropologia, a literatura e assim por diante. Fonte: Extraído e adaptado de: Revista Melhor Gestão de Pessoas. Todos têm responsabilidade. 14 Jun.2019 - Disponível em : https://revistamelhor.com.br/todos-tem-responsabilidade/ Acesso em 26 Jun.2019 QUESTÕES PARA REFLEXÃO Para cada uma das questões abaixo não existe uma resposta única, uma vez que se trata da interpretação e opinião do aluno. Assim abaixo seguem algumas diretrizes do que pode ser vinculado em cada uma das questões • Analisando o texto acima o que você entende por humanização no ambiente de trabalho? De acordo com o autor do texto a humanização seria considerar os aspectos mais subjetivos do trabalhador/colaborador, ou seja, aquilo que o distancia da máquina. • Na sua opinião é possível conciliar a lucratividade / rentabilidade com a humanização? Como?

É possível, porém deve se considerar o trade off, ou seja, os ganhos e perdas nas decisões que a empresa irá tomar referente o modelo de gestão que irá adotar. Ou seja, considerar que existe um limite na exploração da mão de obra, que embora possa comprometer a lucratividade / rentabilidade da empresa preserva a humanização. • Qual o papel da gestão de pessoas na humanização do ambiente de trabalho? É possível “cuidar da alma dos colaboradores” como sugerido pelo autor? As políticas e práticas de gestão de pessoas podem ajudar a preservar o lado humano dos colaboradores. Cuidar da alma é algo muito amplo que talvez envolve aspectos que não são de responsabilidade da empresa, mas isso não significa que a empresa não deva considerar que as suas práticas podem ter efeito para o colaborador como produzir sofrimento. • Analise esta afirmativa de Gallian: O líder de RH do futuro deverá ser um perito em Humanidade, terá de ir além do escopo ou do território de formação definido hoje, terá de estar antenado e focado em aspectos humanísticos que envolvam a filosofia, a antropologia, a literatura e assim por diante. Você concorda com o autor? Na sua opinião qual a relação entre a filosofia, a antropologia e a literatura na humanização do ambiente de trabalho? O aluno poderá se posicionar concordando ou discordando, essas disciplinas citadas acima, podem contribuir no sentindo de levar o líder de RH a considerar outros aspectos além dos técnicos em seu trabalho. • Agora reflita como a conciliação entre lucratividade / rentabilidade e humanização pode acontecer na empresa e/ou setor em que você atua? Esta resposta irá depender da experiência do aluno com o seu local de trabalho. 

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